Centro Histórico de Beja
Quando, em meados do primeiro milénio antes da nossa era, os povos, que viviam na extensa planície que hoje conhecemos como território de Beja, instalaram um povoado numa elevação que lhes permitia controlar quilómetros de férteis campos em redor, certamente não imaginaram que estavam a dar início a uma história que se iria prolongar por mais de 2500 anos. É esta a história que pode ser percorrida no Centro Histórico de Beja, especialmente numa visita ao seu Castelo altaneiro e ao Núcleo Museológico da Rua do Sembrano. Beja, que nunca perdeu de vista a sua planície, foi uma cidade importante, capital do Sul, de portas abertas ao Mediterrâneo, centro económico e de culturas. As suas ruas foram eco de várias línguas, por elas andaram gentes da Idade do Ferro, romanos, bizantinos, visigodos, muçulmanos, judeus e cristãos, por vezes em guerra, mas maior parte do tempo em paz. Outros espaços como o Centro Unesco para a Salvaguarda do Património Imaterial – Beja, museus e monumentos espalhados por várias ruas do Centro Histórico, como a Igreja da Misericórdia, a Igreja dos Prazeres, o Convento de São Francisco e o importante Museu Regional de Beja, no qual se inclui o Núcleo Visigótico, são testemunhos da riquíssima e intricada história da cidade que respira em uníssono com a urbe atual. A esse respeito, as Portas de Mértola e a Praça da República são os pontos de maior bulício onde se pode tomar o pulso à cidade em casas como o centenário café Luiz da Rocha e outros espaços de comércio, venda de artesanato local e fruição.
